sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sobre... Games

Finalmente terminei The Legend of Zelda: Phantom Hourglass. E, é claro, vou dar minha opinião, hehe.

Em primeiro lugar, fãs hardcores da série Zelda têm que estar muito abertos a novidade, senão vão estranhar. Porque o que se encontra aqui à primeira vista não se parece um "jogo Zelda", pode-se até mesmo pensar que com essa "nova linha" cell-shading (até agora composta por Wind Waker e Phantom Hourglass), eles quiseram apenas se aproveitar do nome e da tradição da série para vender jogos. Mas, adentrando-se no game, a impressão é justamente outra...
O jogo está bem fácil, isso é fato. Quando você encontra um desafio mais complicadinho, na sala ao lado tem umas plaquinhas "cave na intersecção entre as linhas que ligam o templo ao bar e a ilha ao cais", ou algo assim. A fadinha que te acompanha (sempre tem uma não?), é uma fofurinha chamada Ciela, que em nada lembra os comentários confusos da Navi de Ocarina of Time ou o sarcasmo dos "comentaristas de plantão" de Majora´s Mask e Twilight Princess, que faziam você ter que refletir um pouquinho. Ciela é bem direta: "Ei Link, tem um olho nas costas dele, eu vou colocar a visão traseira dele na telinha de cima do DS enquanto você joga o bumerangue, ok?". Por outro lado, os elementos clássicos da série marcam presença, como quebra-cabeças "acerte os switches na ordem", ou salas "mate todos os inimigos e a saída será destrancada". Mas o mais legal sem dúvida são os chefes. Os duelos sempre utilizam as duas telas, e sempre são muitíssimo originais, mesmo para quem já está há dez horas jogando. Quando você começa a achar o último chefe repetitivo e tedioso, tudo muda e fica legal.

A história é bem simples e meio "desnecessária", hehe... quer dizer, não é a atração maior do jogo, como ocorre com muitos games por aí... basicamente você é o Link (duuh!!), e, junto com sua amiga Tetra-versão-moderna-reencarnada-da-Zelda, estavam procurando um navio fantasma. Sem querer, acabam parando em um novo mundo, e a Tetra acaba sendo petrificada. Moral da história: liberte as forças superiores do universo capazes de te ajudarem a deter o mal e a salvarem a Zel.., ops, Tetra. Já viu esse filme em algum lugar?

A jogabilidade é muito inovadora, e controlar 100% das ações com a Stylus funciona muito bem. Eu sou a mais nova integrante do fã-clube dos bombchus, item que eu sempre odiei!!! Tudo funciona com cliques e desenhos na tela. A única coisa que eu tive um pouquinho de dificuldade foi para fazer o Link rolar, mas por sorte não precisei ficar usando muito esse movimento. Além disso, as longas viagens de navio também possuem controle fácil e conseguem te entreter com duelos de canhão, mercadores, tesouros para serem resgatados, etc. Eu não ligava muito para essa parte, para mim ela era equivalente a mudar de mundo com a nave no Kingdom Hearts, ou seja, necessário porém desinteressante. Mas, depois que você recebe um canhão e começa a colecionar as partes do navio, fica muito mais legal!! (Táá, no Kingdom Hearts dá pra colecionar partes da nave também, mas eu achei chato e pronto... ;p). Ah, e as câmeras são muito boas, não atrapalham o jogador, e nas seqüências de navegação seu controle é bastante intuitivo.

Os gráficos são uma atração a parte, e constituem o elemento que mais divide os fãs quanto a essa "nova linha" de jogos da série. Bom, a mim eles agradam muito!! A diferença acaba sendo a mesma que diferencia Paper Mario de Mario 64 ou Mario Galaxy, por exemplo. Ou seja, as expressões, interjeições, gestos dos personagens em geral, abrem espaço para muito humor! É impossível não rir com a cara de tacho do Link quando ele encontra um Rupoor (tente imaginar o que é isso!!!), ou quando recebe roupas invisíveis, ou quando encontra um item meio "esquisito"... fantástico!! E a carinha de apaixonado do Link no final então??!! As imagens são muito bonitas e coloridas, mesmo que em alguns raríssimos momentos fiquem um pouco quadriculadas... é só abrir o coração e aproveitar!!

A música é bem legal, especialmente na parte em que você tá navegando e ele faz parararáá-páá-páá... hehe, deu pra entender tudo, né? Enfim, a musiquinha da navegação é muito boa e evoca o tema da série. Ah, e os personagens não têm vozes (ainda bem!! Seria estranho um jogo com tantos elementos de humor contar com dublagem... e Zelda com vozes ao invés de grunhidos? Hmm, no thanks). E o fato de se poder escrever no mapa também abre um leque de possibilidades bem interessante... como no momento em que você tem que "passar" uma informação de um mapa na tela superior para seu mapa pessoal na tela inferior... ou simplesmente para escrever coisas do tipo "olha, aqui tem um olho que não sei ainda para que serve, preciso lembrar de voltar aqui depois".

Finalmente, desnecessário comentar que, com tantos itens colecionáveis e minigames (alguns clássicos, como pescaria e tiro ao alvo, porém repaginados... aliás, muito bom jogar o tiro ao alvo com esse sistema de toque!), mesmo depois de terminar o jogo (que é meio curto) você passe mais umas boas horinhas envolvido com ele. Tem pescaria, Heart Containers e muitos outros itens "colecionáveis", característica marcante (e que eu ADORO!!!!!!) dos games da série. Há até um modo Multiplayer, mas que certamente não é atração... eu mesma, só me interessei depois de descobrir que há um jogo de peças do navio que só pode ser obtido ali! :(

Assim, esse é um jogo que recomendo muito... e, para dar mais um gostinho, segue o comercial!

7 comentários:

rizbicki disse...

"fãs hardcores da série Zelda têm que estar muito abertos a novidade, senão vão estranhar"
"O jogo está bem fácil"
"que em nada lembra os comentários confusos da Navi"
"Ciela é bem direta"
"A história é bem simples e meio "desnecessária""
"o jogo (que é meio curto)"

Tudo isso me faz crer que eu gostaria do jogo...

Nas palavras do Link, "..."

Anônimo disse...

Tenho uma lista enorme pela frente, mas definitamente este está nela... Mas antes vêm disparado Twilight!
Espero ver um comentário tão bom quanto o de phantom hourglass para o twilight aqui no blog! Eu gostaria de ler também a respeito de eventuais outros que você venha a terminar, ou tenha terminado!

Renata Brunelli disse...

Pode deixar!! É que eu não to terminando muitos jogos ultimamente...

Unknown disse...

Discordo o que disse quanto a fãs hardcore terem que estar abertos a novidades. Pelo contrário, todo o estilo do jogo foi tirado dos mais clássicos jogos da série Zelda (muito antes do OoT). "A Link to The Past", "Oracle of Ages/Seasons" e outros compartilham o mesmo esquema: visão (quase) superior, escudo que defende só por estar ali, e o modo como o senário está dividido em quadrados de tabuleiro (como um RPG) apesar de você ter liberdade de andar como quiser, e não só para os lados e para cima/baixo como antigamente...
Enfim, acho que esse é um ponto fortíssimo aos saudosistas da série Zelda.

Renata Brunelli disse...

Não é só uma questão da jogabilidade, mas principalmente do estilo gráfico e do nível de dificuldade... antigamente não era assim!

Unknown disse...

O estilo gráfico causou impacto no lançamento Wind Waker, e já se percebeu que foi muito bem aceito pelo público então não tem porque dizer que os hardcores vão estranhar. Além do que, os gráficos dos Zelda Snes/Nes/GBx não tinham nada do "realismo" de Oot e MM, basta citar,por exemplo , que os personagens sempre foram representados em SD. As versões do N64 são os que realmente fugiram do estilo Zelda clássico.

Agora, nível de dificuldade eu não tenho o que discutir, esse é o zelda mais fácil E rápido de todos os tempos. Talvez para que se tornasse um Zelda "de verdade" mais desafiador, ele deveria ter outra característica freqüente em Zelda: ter o lançamento atrasado...

Renata Brunelli disse...

Hehe, não acompanhei o lançamento desse jogo, então não posso falar...
E esse é o segundo jogo de uma série de um montão com gráficos desse jeito, sendo que a grande maioria das pessoas nem jogou o primeiro (muitíssimas pessoas tinham o super nes e têm o ds, e razoavelmente bastantes jogaram Ocarina of Time pelo menos do 64... mas... Game Cube? Que eu saiba não vendeu tão bem). Ou seja, podemos quem sabe considerar que gráficos vistos de cima como os do snes ou realistas como os do 64 sejam o padrão da série... Muitas pessoas não jogavam videogames há décadas e compraram um ds, isso é inegável... e eu conheci pessoas que não quiseram jogar PH por causa dos gráficos!! (Eeeu joguei!! hehe)
Sempre lembrando que, em geral, quando um jogo com gráficos "desenho" passa a ter gráficos mais realistas, como foi a passagem do snes para o 64, o público costuma aceitar mto bem, contanto que a jogabilidade seja preservada (caso de Zelda! A câmera desceu um pquinho e só!) ou melhorada (como o Mario 64, por exemplo, ou Prince of Persia). Quando alguma coisa fica de alguma forma "estranha" ao que eles estavam acostumados(como os gráficos de WW e PH ou a jogabilidae de Sonic), não necessariamente ele é unamidade junto aos fãs... quer dizer, nunca é!!! :p
OBS: WW = Wind Waker e PH = Phantom Hourglass, os dois jogos da série Zelda com essa linha gráfica diferente.