quarta-feira, 19 de março de 2008

Sobre... Games

Conforme eu disse no post anterior, a terceira coisa que me entreteve esta semana (relacionada a games, claro) foi que eu finalmente terminei Phoenix Wright Ace Attorney - Justice For All, para o DS. O game é o segundo da série Ace Attorney (que conta com 4 títulos, onde os 3 primeiros trazem o advogado Phoenix Wright como personagem principal), e, como já deu para entender, traz você ao papel de Phoenix, um advogado que busca resolver os casos mais esquisitos.



Os jogos da série são essencialmente assim: você investiga os casos em duas etapas.
Na primeira, parte para a investigação - investiga a cena do crime, conversa com pessoas que estavam por perto (sendo que quase todas elas vão acabar testemunhando no tribunal), coleta pistas. Nesta parte não tem muito o que errar, porque chega um certo momento em que, se você não mostrou determinado objeto a determinada pessoa, o que arrancará dela uma revelação importante, simplesmente você não consegue prosseguir. Assim, na medida do possível, o jogo segue suas decisões - mas, no fundo no fundo, ele acaba sendo linear.

Já na segunda etapa, que ocorre no tribunal, você tem que examinar os testemunhos e encontrar contradições, sempre apresentando evidências que comprovem seu ponto de vista. Graças a esta lineridade do jogo, você pode ficar tranqüilo - todas as evidências necessárias estão com você, senão você não iniciaria esta etapa. Entretanto, aqui há mais margem de erro - pois você precisa apresentar a evidência certa frente à declaração certa (ou melhor, errada heeh) da testemunha, e tem um limite de erros que pode cometer antes que o juiz se irrite e simplesmente declare o réu culpado (e você se ferre). Há vezes em que é muito fácil, mas tem outras em que a mentira é bastante sutil...
Este jogo é dividido em quatro casos, um a menos que o título original. O último caso deste não é tão profundo quanto o daquele, mas em compensação traz um fato totalmente inédito na série - SPOILER SPOILER SPOILER pela primeira vez, você defende uma pessoa culpada pelo crime, e tem que lidar com tudo o que isso pode acarretar à sua consciência FIM DO SPOILER. O primeiro caso, como toda seqüência que se preze, aproveita para te lembrar de como joga, ao mesmo tempo que acrescenta quais são as novidades... aqui, além das evidências já coletadas, você pode apresentar às pessoas profiles de todas as pessoas envolvidas no caso - o que é muito legal, porque você pode sair acusando alguém por aí. Além disso, aqui o limite de erros no julgamento deixou de ser 5, como era no primeiro jogo. Aqui há uma barra medidora, e erros em momentos mais cruciais (quando o juiz já tá puto com as suas abobrinhas) descontam mais, podendo chegar a apagar sua barra inteira. Além disso há um novo item, que detecta (na etapa da investigação) se a pessoa está escondendo algo e te orienta quanto a quebrar este segredo. Todas estas mudanças colaboraram para deixar o game muito mais interessante.

Os gráficos são simples - é tudo desenhado, e cada personagem assume três ou quatro poses diferentes. Estas poses colaboram para dar ainda mais humor para o jogo - que já possui momentos engraçadíssimos no enredo. Basicamente, todo mundo odeia o Phoenix e não o leva a sério, porque ele (ou melhor, você!!) blefa muito no tribunal. O juiz é um tapado... e assim por diante.
A música consegue ser empolgante nos momentos dramáticos (aliás, há vezes em que você sabe que chegou em um ponto crucial devido à mudança da música!!), mas a trilha da etapa do julgamento era MUITO mais legal no primeiro jogo, faz uma falta enorme. Não há vozes, apenas efeitos sonoros. Tudo simples, mas que basta para diverir e entreter, sem irritar em momento algum.

Quanto ao estilo geral do jogo, posso dizer que não é a qualquer um que ele agrada. O jogo é como um daqueles livrinhos em que você chega no final da página e ele diz: se você quer fazer isso vá para a página tal; caso contrário vá para a página tal. Ou seja, tem MUUUUITO blábláblá, muuuuita história. Se você está interessado em um bom romance com altas doses de interatividade, o jogo vai te agradar, porque seu maior atrativo é o enredo. Se você quer apertar mais e ler menos... passe longe. Neste caso eu recomendo que você entre no GameFaqs e leia logo de uma vez o resumo das histórias, vai te poupar um tempão.
E só para falar um pouquinho do enredo, ele é a continuação direta do primeiro jogo - desta vez dando mais destaque (quase endeusando, na verdade) o promotor Miles Edgeworth, que desde o terceiro e o quarto casos do primeiro jogo, você sabe que é FODA (bom, eu pelo menos acho isso). E muitos personagens antigos reaparecem em casos diferentes, o que gera algumas situações divertidas (como a Ms. Oldbag, que fala mais rápido que eu).

Enfim, essa é minha opinião. Eu cochilei algumas vezes durante as investigações, mas recomendo a todos os que gostam de ler que conheçam essa série bastante interessante.

4 comentários:

rizbicki disse...

referente ao SPOILER SPOILER SPOILER

então quer dizer que há uma desproporcionalidade entre a realidade e esse jogo...aqui só há uma vez o q sempre ocorre na realidade???

Fim da referência ao SPOILER SPOILER SPOILER. Vc que não gosta de SPOILERS pode ler isso, mas não pode ler o que está entre o primeiro (SPOILER SPOILER SPOILER) e o segundo (SPOILER SPOILER SPOILER).

Anônimo disse...

Bom... eu amo qualquer bom velho e novo final fantasy.. então posso dizer que adoro histórias. Sendo assim, entrou para a minha lista!

Renata Brunelli disse...

Tá, da próxima vez eu coloco um monte de spoilers no texto sem avisar!
E, comentando o spoiler... no jogo vc sempre defende pessoas inocentes, e a graça é inocentá-las! esse negócio de mentir pra inocentar alguém culpado é outro jogo, chama máfia...
E não teria tanta graça, já q pra mentir vc tem q deixar a imaginação rolar... e o jogo te limitaria mto...

Unknown disse...

rafael, leve os spoilers mais a sério, sim? obrigado...